Tudo começou quando eu resolvi rever (40 anos depois) Cleópatra, com a Elizabeth Taylor, Richard Burton e Rex Harrison. O filme, em 1962, custou 32 milhões de dólares. Muito mais que o Titanic com os seus 200 milhões em grana de hoje. Elizabeth Taylor tinha 30 anos e acabou se casando com o Richard Burton.
Mas o que interessa é que o filme me fez interessar pela baixinha (como a atriz) Cleópatra e andei vasculhando alfarrábios. Como Cleópatra sempre foi sinônimo de sexo, uma amiga me presenciou com um delicioso encarte da revista Nova (A revista da mulher cada vez mais nova), já com o papel amarelado, denominado 265 Histórias Divertidas sobre Sexo. Não há a data da publicação. Mas informo que a coordenação do projeto foi da Dóris Martinelli e a edição e o (gostoso) texto da Márcia Lobo. Sugiro à editora Abril que reedite o caderninho.
E, antes que algum incauto venha a me acusar de preguiça e sonolência por não escrever um texto inédito, vou logo avisando que dá muito mais trabalho ficar copilando texto dos outros. Mas faço isso para meu e seu prazer.
Vamos lá. E já começamos com a Cleópatra. Começou suas atividades sexuais aos 12 anos. Com o irmão Ptolomeu e nunca mais parou. Diz lá que aprendeu certos truques num bordel de Alexandria e era capaz de receber 100 homens em uma única noite… E nenhum se decepcionava.
Mas isso é pouco perto do rei Salomão, que durante seus 40 anos de reinado teve cerca de 700 esposas e, no auge da potência, mais 300 concubinas.
E a rainha Vitória (da Inglaterra, tataravó da Elisabeth II) foi uma grande repressora sexual. Ela não fazia a menor ideia de que o lesbianismo existia até o dia que lhe apresentaram uma lei anti-homossexualismo para aprovar. Ela simplesmente cortou da lei toda e qualquer referência ao lesbianismo. Foi assim que o homossexualismo se tornou ilegal no Reino Unido e o lesbianismo perfeitamente legal.
Os homens gostavam de:
Espancamento e outros prazeres dolorosos eram o máximo para o filósofo e romancista francês Jean-Jacques Rousseau, iniciado no masoquismo aos 11 anos por uma professora.
Outro que gostava de sofrer, o escritor Fédor Dostoiévski, realizou-se vivendo com uma tuberculosa e, depois, com uma mulher frígida e sadomasoquista.
Fotografar bumbuns era com Hitler, que tinha uma coleção dessas fotos.
Dizem também que ele tinha fetiches com botas, livros e filmes pornográficos. Consta que, apesar de ter se casado, morreu virgem. Viu o que acontece na cabeça de pessoas que não fazem sexo normalmente?
Charles Chaplin, além de só querer (e conseguir) ninfetas, tinha uma quedinha por ménage a trois e às vezes se entusiasmava tanto que o trois virava quatre, cinque, six.
Napoleão Bonaparte gostava de sexo rápido, furioso e barulhento (daqueles de quebrar a cama e acordar todo o palácio), o que aconteceu várias vezes. Aos 40 e poucos anos, porém, a festa acabou: uma disfunção das glândulas endócrinas reduziu seu pênis a pouco mais de 2 cm.
Consta que o grande conquistador Casanova usava metade da casca de um limão como anticoncepcional: além de funcionar como barreira, fornecia a acidez necessária para matar os espermatozóides.
Voltando à Cleópatra, veja o que achei do seu amante romano Júlio Cesar (aquele que, ao ser apunhalado na porta do Senado, olhou para trás e disse: Até tu, Brutus?): “O imperador Júlio Cesar era ironicamente chamado de ‘o marido de todas as mulheres e a esposa de todos os homens”.
Hipócrates, o pai da Medicina, não era lá grande fã do sexo. Chegava a considerar o gozo sexual como “uma pequena epilepsia”.
George Bernard Shaw (My Fair Lady) foi seduzido aos 29 anos por uma viúva bem mais velha, detestou a experiência a tal ponto que passou os 15 anos seguintes em total abstinência e nunca escreveu em suas obras as palavras ‘pênis’ e ‘vulva’. Nem similares.
Isaac Newton e Emmanuel Kant nunca transaram. Nem entre eles nem com ninguém. Goethe tinha ejaculação precoce (mas como é que descobriram essas coisas?).
A mulher do James Joyce, Nora Barnade, dizia que ele não entendia nada de mulheres. Joyce tinha a mania de andar com calcinhas no bolso – calcinhas sujas.
E para encerrar, você sabia que existia peruca púbica? Pois é, já no século 17. Coisa das inglesas. As peruquinhas se chamavam bowser. Tinha umas até com fitinhas…