E Se a Gente Ganhar a Guerra? (1971)

Bem vestido, o bombeiro Aldecides, ou Sabará, subiu as escadarias do Palácio do Governo do Espírito Santo. Numa das ante-salas do gabinete, anunciou ao Tenente Ajudante de Ordens: “Sou o novo governador. Vim assumir!” Preocupado, o oficial comunicou ao Capitão Jair, Chefe da Segurança, a presença de Sabará e sua pretensão. Como a segurança do governador Cristiano Dias Lopes não parecia estar ameaçada, o Capitão recebeu o novo governador anunciando que ele era esperado. Satisfeito, Sabará escolheu mesa e pediu processos para despachos, enquanto era servido com um cafezinho. Minutos depois, o Capitão permitiu-se lembrar ao governador que, diante dos compromissos do dia, deveria voltar para casa e mudar de roupa. Sabará concordou, desceu as escadarias, respondeu às saudações da guarda e, enquanto o Capitão batia a porta do reluzente carro negro com chofer, ele refestelava-se no banco de trás. Deu seu endereço, mas foi levado para o Manicômio Judicial. (Veja, n.116, 25/11/1970)

  • Elenco: Paulo Goulart (Dionisio), Yolanda Cardoso (Norma), Sylvio Zilber (Joviano), Regina Braga (Vilma), João Acaiabe (Grande São Paulo).
  • Direção: Celso Nunes
  • Cenário e figurino: Luís Parreiras
  • Cenotécnico: Jarbas Lotto
  • Iluminação: José Cornachini
  • Painéis de Cena: Bia Parreiras
  • Produção Executiva: Marcia Roriz, Renato Dobal
  • Administração: J. G. Martini

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