Mario Prata

Espirrando a crônica

Daquelas danadas, sabe como é? Das que derrubam. Te deixam na cama. Pois é onde deveria estar agora se tivesse uma outra profissão qualquer. Ligava para o serviço e, se precisasse, até arrumava um atestado médico. Dependendo da situação, faturava dois ou três dias. Mas estou aqui, com o nariz escorrendo, depois de algumas pílulas […]

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Quem escreve as bulas?

Quando me perguntam a profissão e eu digo que sou escritor, logo vem outra em cima: de que? De tudo, minha senhora. De tudo, menos de bula. Romance, cinema, teatro, televisão, poesia, ensaios, tudo-tudo, menos bula! Uma vez, num barzinho uma gatinha me perguntou o que eu escrevia e disse que escrevia bula. Ela não

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Bola no ponto futuro?

Você sabe o que é uma bola no ponto futuro? Sabe não, né? Nem eu. Os locutores de futebol do Brasil – e apenas do Brasil – são todos intelectuais. Eles sabem o que é uma bola no ponto futuro. Nós não. O brasileiro quer ser moderno, quer ser Primeiro Mundo. No dia em que

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Coentro

Você já percebeu que existem umas palavras que parecem siglas de alguma repartição pública ou autarquia? Exemplo? COENTRO! Tenho a impressão que você só vai conseguir o protocolo definitivo daquele documento depois de passar pelo COENTRO. Outra palavra é ACEPIPE. Me parece algum órgão ligado à arquitetura. Sem a aprovação do ACEPIPE não podemos dar

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Extravagância

Eu sonhei que estava numa pizzaria pedindo uma pizza meio calabresa, meio extravagância. E o garçom ainda me perguntava se a metade extravagância era com cebola ou não. Acordei e pensei: extravagância tem mesmo nome de um tipo de pizza, não tem? Escritor adora trabalhar e brincar com as palavras. É que tem algumas que

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Bidu

Tem palavras que somem. Expressões desaparecem. Para onde foram? Cartear marra é uma delas. Usadíssima nos anos 60, não vejo ninguém mais carteando marra. Quantas vezes nós, adolescentes, nos bailinhos, ao vermos alguém de outra cidade querendo dançar com as nossas meninas, chegávamos perto: não vem cartear marra aqui, não. Cartear marra era querer ser

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Pra lá de Marrakesch

Na noite anterior havia trabalhado feito um mouro. Acordei e estava um verdadeiro calor senegalês. Depois de tomar uma boa duma ducha escocesa, quase dormitar num banho turco, fazer a minha ginástica sueca, passar a minha água de colônia, vesti meu terno azul turquesa de casimira inglesa (que fora um presente de grego de uma

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O amor de Tumitinha

Você também deve ter alguma palavra que aprendeu na infância, achava que tinha um certo significado e aquilo ficou impregnado na sua cabeça para sempre. Só anos depois veio a descobrir que a palavra não era bem aquela e nem significava aquilo. Um exemplo clássico é a frase hoje é domingo, pé de cachimbo. Na

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Ritos de Passagem de Nossa Infância e Adolescência

Escritores, professores, jornalistas, músicos, dramaturgos, sob a forma de ficção ou depoimento, discutem a iniciação ou ruptura feita em situações vitais: a sexualidade, o amor, a religião, a morte. Em textos bem-humorados ou densos, busca o repensar do questionamento educacional amplo, de como se efetivam, de fato, essas passagens atinentes à condição humana. Detalhes do

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Capa do livro A Viagem de Memoh, de Mario Prata.

A Viagem de Memoh

Ai, que coisa bonita! Foi isso que eu pensei quando acabei de ler a viagem de Memoh, do Mario Prata. E é isso aí! É um livro engraçado, é um livro que acaba bonito, dando aquela alegria que só mesmo um bom livro é capaz de dar. E é um livro importante porque é uma

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