Mas Será o Benedito?

Editora Globo, 1996. Reeditado em 2011 pela Editora Planeta.

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Mas Será o Benedito? é uma contribuição única aos estudos da linguagem no Brasil. Uma obra, tenho certeza, que chamará a atenção de todos que se interessam pelo português tal como é falado no país há muito tempo. O conhecidíssimo dramaturgo e escritor Mario Prata reúne mais de 400 expressões, provérbios e ditos populares e faz uma análise bem própria – com singular humor e nenhuma preocupação acadêmica – das prováveis origens de cada um deles. O leitor ficará sabendo, por exemplo, que a expressão “cara de bunda” é, na verdade, uma corruptela de “cara de Buda”. Segundo o autor, “o brasileiro logo achou que Buda tinha cara de bunda (e não tem?) e modificou a frase”. Pode? Neste livro tudo pode. Transparece, aliás, um certo entusiasmo para com os países baixos da geografia humana. Um tema, de acordo com Prata, característico da cultura brasileira e não dele propriamente. Poucos devem saber, para citar mais um exemplo, que “comer gato por lebre” se referia originalmente a um curioso triângulo sexual envolvendo o bandeirante Borba Gato e a cozinheira Mariazinha Lebre. Mas parece que foi assim mesmo. Prata, ao carnavalizar os ditos populares, consegue fazer rir. Ou seja: não perdeu o seu latim.

Matthew Shirts
Brasilianista e historiador


Explicação mais do que necessária

Sempre tive a curiosidade de saber a origem de certas expressões brasileiras. Comecei a pesquisar e descobri que cada autor (e/ou filólogo) dá uma versão diferente para a mesma expressão. “Para inglês ver”, por exemplo, encontrei quatro origens diferentes.

Já que a situação era essa, resolvi escrever este livro, dando as minhas “versões”. Apenas seis são reais e explicadas por Câmara Cascudo. Nestas, dou a fonte.

Você vai encontrar aqui a origem de 419 provérbios, expressões ou ditos populares brasileiros. Antes de começar a leitura, convém dar uma olhada na pequena bibliografia das páginas seguintes. São livros fundamentais para a interpretação de muitos dos verbetes.

Invenção pura.
Não leve a sério.
Mas divirta-se!